A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 29 de junho de 2008

Da Ilha dos Amores como alternativa às câmaras de gás da alma

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Nunca se escutou Camões, o que cantou não a Fé nem o Império, não o encontro de culturas, mas a “expedição” de Eros “Contra o mundo rebelde, por que emende / Erros grandes que há dias nele estão, / Amando cousas que nos foram dadas, / Não para ser amadas, mas usadas” (Os Lusíadas, IX, 25). O que cantou a redenção do mundo pela conformidade do masculino e do feminino na Ilha dos Amores, a plenitude do amor sensual e sexual pela qual se abre a divina visão, o messianismo erótico de uma nova raça andrógina de deuses humanos e homens divinos. Ninguém o escuta. Crucifica-se Eros na pornografia e nessas outras obscenidades que são o intelecto, o poder e as honras, o sucesso, a fama e a riqueza. O que faz avançar a civilização, a ciência e a miséria. As câmaras de gás da alma. Mas Eros ri e voa. E quem na cruz fica, exangue e triste, és tu !

in A Cada Instante Estamos A Tempo de Nunca Haver Nascido, Corroios, Zéfiro, 2008, p.9.

5 comentários:

andorinha disse...

Totalmente de acordo, ninguém o escuta nessa vertente:(
"As câmaras de gás da alma", excelente metáfora.

Mais um livro aqui apontado na minha lista de férias. Está a ficar enorme:)

Abraço

Anónimo disse...

Alguém percebe que estamos todos num câmara de gás da alma ?

andorinha disse...

Não é difícil de perceber. Basta olhar à nossa volta...

Anónimo disse...

Amigo Paulo!

Há sim! Há quem escute! A leitura que faz do episódio da Ilha dos Amores é magnífica e tanto mais pertinente que nada no texto de Camões a desmente, antes a confirma!

Em reflexão sobre esse canto, cheguei à mesma conclusão de base e por isso foi com alegria que recentemente, ao assistir a um mini-curso que ministrou, o ouvi desenvolver a sua interpretação.

Atrevo-me até a pedir-lhe que a exponha mais detalhamente no blogue para que todos facilmente tenham conhecimento dela.

Paulo Borges disse...

Amiga Fernanda Oliveira,

O que tenho preparado sobre o assunto é bastante extenso para publicar aqui, mas sugiro a quem se interesse que consulte o meu site - www.pauloborges.net - , onde poderão encontrar o seguinte texto: “Eros e Iniciação em Luís de Camões. A “Ilha dos Amores””.

Está também publicado na Revista "Phainomenon", “Homenagem a João Paisana (1945-2001)”, nºs 5 e 6 (Outubro de 2002 e Primavera de 2003), pp.339-350.