A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 17 de julho de 2015

De Miguel Real, sobre Sampaio Bruno, na NOVA ÁGUIA 16

SAMPAIO BRUNO: UMA SÍNTESE DO SEU PENSAMENTO NOS 100 ANOS DA SUA MORTE

 
Sampaio Bruno, sendo um dos autores mais esquecidos da cultura portuguesa, é, simultaneamente um dos autores de maior culto entre um reduzido grupo de intelectuais numa linha que vai de Leonardo Coimbra a Joaquim Domingos, passando por Álvaro Ribeiro, António Telmo, José Marinho e António Quadros, isto é, de autores que privilegiam as teses da “Filosofia Portuguesa”. Para além destes autores, excessivamente encomiásticos, possuímos um bom estudo de Joel Serrão,[1] exterior ao ideário do biografado, desenvolvido numa vertente cultural racionalista, de pendor sergiano, o clássico Amorim de Carvalho, O Positivismo Metafísico de Sampaio Bruno. As Influências de Comte e Hartmann. Crítica e Reflexões Filosóficas (1960),[2] útil e investigativo livro, que não deve ser lido sem as correcções explicitadas por António Telmo em “Prefácio” a O Brasil Mental. Esboço Crítico,[3] e, principalmente, as advertências muito lúcidas feitas por Joaquim Domingues nos artigos “A Ética Cósmica de Bruno” e “Bruno e Euclides da Cunha no contexto do positivismo finissecular”, insertos em De Ourique ao Quinto Império. Para uma Filosofia da Cultura Portuguesa,[4] bem como o livrinho do mesmo autor, muito justo na apreciação da evolução e da filosofia de Sampaio Bruno, O Essencial sobre Sampaio (Bruno).[5]. Descuidada na apreciação crítica da filosofia de Sampaio Bruno é a de José Barata-Moura, no seu livro Estudos de Filosofia Portuguesa, no capítulo “Tópicos para um panorama da filosofia em Portugal no século XX”.[6] Porém, a verdade é que Barata-Moura restringe a filosofia de Sampaio Bruno à análise do livro A Ideia de Deus (1902), olvidando tanto as anteriores ideias filosóficas de Sampaio Bruno quanto, principalmente, a sua marcante superação do positivismo, ficando a supor o leitor, pelos extractos apresentados, ser a teoria de Sampaio Bruno uma espécie de nefalibatismo espiritual pairando no céu da filosofia mística sobre um térreo vendaval político entre republicanos e monárquicos.

(excerto)



[1] Joel Serrão, Sampaio Bruno, O Homem e o Pensamento, Lisboa, Livros Horizonte, 19862. De aconselhável a leitura de Manuel Gama, O Pensamento de Sampaio Bruno. Contribuição para a História da Filosofia em Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1994, bem como AA. VV., Colóquio Antero de Quental dedicado a Sampaio Bruno, Aracaju, Secretaria de Estado da Cultura, 1995, com um conjunto de importantíssimas comunicações, cujo leque teórico fornece uma das melhores introdução ao todo do pensamento de Sampaio Bruno.
[2] Amorim de Carvalho, O Positivismo Metafísico de Sampaio Bruno. As Influências de Comte e Hartmann. Crítica e Reflexões Filosóficas; Lisboa, Sociedade de Expansão Cultural, 1960.
[3] António Telmo, “Prefácio” a Sampaio Bruno, Brasil Mental. Esboço Crítico, [1898], Porto, Lello & Irmãos, 1997.
[4] Cf. Joaquim Domingues, De Ourique ao Quinto Império. Para uma Filosofia da Cultura Portuguesa, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2002, respectivamente, pp 85 ss e 97 ss.,
[5] Joaquim Domingues, O Essencial sobre Sampaio (Bruno), Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2002.
[6] Cf. José Barata-Moura, Estudos de Filosofia Portuguesa, Lisboa, Ed. Caminho, 1998, pp. 249 – 281.